A Importância do Packaging e sua classificação

Publicado el 01/09/2015

Num mercado cada vez mais competitivo, o packaging é um elemento que todos os dias adquire mais importância, posicionando-se como uma das melhores ferramentas de diferenciação para as marcas que sabem fazer um bom uso do mesmo. Através do packaging é possível obter eficiências que reduzam os custos operacionais, melhorar a manipulação do produto, facilitar a reposição nas lojas, aumentar as vendas, etc. 

Mas antes de entrar em detalhe, é importante perguntar-se: O que é o packaging? Por definição, o packaging é a ciência, a arte e a tecnologia de inclusão ou proteção de bens de consumo para a sua manipulação, armazenamento, distribuição e venda.

Para todos os designers, criativos e publicitários o packaging tem como objetivo primário atrair a atenção dos clientes e ser a principal janela de comunicação para o consumidor. Contudo, do ponto de vista logístico e operacional, o principal objetivo do packaging é possibilitar uma manipulação eficaz e eficiente durante o transporte de grandes quantidades de bens de consumo ao longo de toda a cadeia de distribuição garantindo em todo o momento a proteção e conservação dos mesmos. Portanto, o uso ótimo do packaging encontra-se no equilíbrio entre o marketing e a logística.

O packaging expressa-se através das embalagens que são desenvolvidas para acompanhar os diferentes bens de consumo durante as diversas etapas do seu ciclo de vida. Uma embalagem, é um produto que serve para conter, proteger, manipular, distribuir e apresentar mercadorias em qualquer fase do seu processo produtivo, de distribuição e/ou de venda. Por outro lado, uma embalagem é um recipiente ou envoltura que contém ou transporta os bens de consumo de forma temporária principalmente para agrupar unidades de um bem de consumo pensando na sua manipulação, transporte e armazenamento ao longo da cadeia de distribuição.

Devido ao rápido crescimento que o sector do packaging está a experimentar, a comunidade europeia estabeleceu uma classificação com o objetivo de diferenciar os diferentes tipos de embalagem.

  • Embalagem primária: Toda a embalagem desenhada para constituir no local de venda uma unidade de venda destinada ao consumidor ou utilizador final1. É, portanto, a embalagem que protege, sustém e conserva a mercadoria, estando em contacto direto com o bem de consumo.
  • Embalagem secundária: Toda embalagem desenhada para constituir no local de venda um agrupamento de um número determinado de unidades de venda, tanto se for vendido como tal ao utilizador ou consumidor final, como se for utilizado apenas como meio para reaprovisionar o linear do local de venda; pode separar-se do bem de consumo sem afetar as características do mesmo1. Um exemplo típico costumam ser as caixas de diversos materiais ou os SRP (Shelf Ready Packaging). Nos casos em que o produto é transportado a granel a embalagem secundária está em contacto direto com o bem de consumo.
  • Embalagem terciária: Todo o agrupamento de unidades de venda de forma otimizada para facilitar o manuseamento, armazenamento e transporte, assim como para evitar o dano inerente a estas ações, e inclusive para evitar o manuseamento físico direto e operar mediante maquinaria1. Portanto, a embalagem terciária é destinada a suportar grandes quantidades de embalagens secundárias, com o objetivo de estas não se danificarem ou deteriorarem no processo de transporte e armazenamento entre a fábrica e o consumidor final. Neste caso, não existe um contacto direto com o bem de consumo. A forma mais comum é a paletização, sendo a palete 1200x800 a mais habitual e existindo uma tendência crescente para o uso de paletes expositoras de menor medida.

Uma vez analisados os diferentes tipos de embalagem, pode-se concluir que o conceito de packaging engloba a totalidade da unidade de carga, desde a garrafa e a caixa até à palete, e inclusive a película. É, portanto, a carta de apresentação das diferentes empresas ante os seus potenciais compradores, e assim ante o consumidor final. Logo, convém cuidar de todos os elementos da unidade de carga por igual. De que serve dispor de uma embalagem muito atrativa, se se deteriora durante o transporte ou se encontra localizada no local de venda em cima de uma suja, deteriorada e pouco higiénica palete de madeira?

Nos últimos anos, foram destinados numerosos recursos para a inovação de projetos de embalagem primária e secundária, com o objetivo de procurar a diferenciação da marca. Não foi até há pouco que as grandes empresas colocaram os seus esforços em promover projetos de inovação centrados na embalagem terciária, onde os objetivos finais são muito diversos: encontrar melhorias e eficiências que se traduzam na diminuição dos custos operacionais, introduzir soluções sustentáveis e respeitosas com o ambiente, melhorar a segurança e fiabilidade de todas as operações, etc.

Em termos de I+D na embalagem terciária, cabe destacar o uso crescente da palete de plástico, sendo um elemento essencial no sector do packaging pelas suas inúmeras vantagens. Na Nortpalet, apostamos em liderar na inovação da palete de plástico em termos de eficiências medíveis na logística, maior segurança na manipulação, novos conceitos de paletes que introduzam ideias novas e inteligentes nas operações, e sobretudo maximizar a sustentabilidade de toda a cadeia de valor mediante a reciclagem e a reutilização.

A maioria das paletes de plástico destinadas ao transporte de mercadorias são produzidas com materiais reciclados, onde ao não estar em contacto direto com os alimentos não requer, ao contrário das embalagens primárias e secundárias, o uso de materiais virgens. Por este motivo, a palete de plástico é um aliado estratégico dentro do packaging pois a sua produção é realizada mediante da reciclagem no final da sua vida útil, das embalagens primária e secundária que são transportadas ao longo da cadeia de fornecimento oferecendo uma segunda oportunidade aos materiais utilizados.

A principal problemática do packaging, é o seu curto ciclo de vida, o que se traduz num elevado impacto ambiental pois logo após a sua criação converte-se num resíduo. Desta forma a palete de plástico transforma os referidos resíduos em recursos, desta vez com um ciclo de vida muito amplo, para garantir a máxima sustentabilidade e minimizar tanto a pegada de carbono como as emissões de CO2 das cadeias de fornecimento dos diferentes sectores e aplicações em que se utiliza. Cada vez são mais as empresas que empurradas por uma consciencialização ambiental crescente nos consumidores incorporam este conceito nos seus RSC responsabilizando-se sobre o impacto ambiental de todos os seus processos.

O packaging é talvez o elemento que torna mais perdurável a imagem de marca de um determinado bem de consumo. Aspetos como a sua funcionalidade, sustentabilidade, reutilização do mesmo e atratividade do seu design são essenciais para que o packaging, desde a embalagem primária até à palete, se converta numa valiosa adição ao bem de consumo comercializado.

1Directiva 94/62/CE do Parlamento europeu e do conselho de 20 de dezembro de 1994 relativa às embalagens e resíduos de embalagens.